Motoristas de aplicativo e motoboys realizam um protesto contra o preço do combustível, em Maceió, cujo valor já sofreu reajuste três vezes, somente neste ano, pela Petrobras. A concentração do ato se deu na manhã desta segunda-feira (22), bairro do Jaraguá, em Maceió, de onde os profissionais seguiram em carreata para a Fernandes Lima, no Farol.
Motorista de aplicativo há 4 anos, Wagner Liberato lamenta a situação vivida pela categoria. O objetivo do protesto, segundo ele, é sensibilizar o governador Renan Filho acerca do valor do ICMS Combustível, tendo em vista o novo aumento anunciado pela Petrobras.
"Todo mundo sofre, tudo aumenta quando o conbustível aumenta, e a matéria-prima do motorista é o combustível. Hoje, a gente faz uma corrida de 6 km no valor de 4,60, mas temos que dar desse dinheiro 20% ao aplicativo; ficamos com quanto? O governador deve olhar mais para a categoria, pois estamos fazendo gerar verba, emprego e imposto para eles. Muita gente está deixando de rodar, não tem como. Se estava difícil com o valor antigo, imagine hoje, com o valor a R$ 5,20. A gente vai ter que procurar fazer outra coisa", comentou Wagner. Marcondes Barros, motorista de aplicativo há dois anos, reclamou, também, da taxa cobrada pelos aplicativos. "Estamos em busca de melhoria. Além do preço da gasolina, tem a taxa cobrada, e não temos conseguido manter nossas famílias".
Segundo informações dos manifestantes, após a manifestação na avenida mais movimentada da capital, o grupo pretende seguir em direção ao Centro, mais precisamente, ao Palácio dos Palmares.
Devido ao protesto, o trânsito em diversas regiões da cidade está congestionado, necessitando, assim, da atenção extra de quem trafega no local. O ato segue, no entanto, de maneira pacífica. VALOR DO COMBUSTÍVEL
Desde janeiro, a Petrobras já reajustou três vezes o preço do diesel e quatro vezes o da gasolina. Os anúncios foram feitos nos dias 18 e 26 de janeiro, e 8 e 18 de fevereiro.
Conforme o último anúncio da empresa, os preços da gasolina e do diesel em suas refinarias chegarão a R$ 2,48 e R$ 2,58 por litro, respectivamente.
O preço cobrado nas refinarias da Petrobras corresponde a cerca de 33% do preço pago pelos consumidores finais da gasolina e a 51% do preço final do diesel, segundo a estatal.
A companhia explica que, “até chegar ao consumidor, são acrescidos tributos federais e estaduais, custos para aquisição e mistura obrigatória de biocombustíveis, além das margens brutas das companhias distribuidoras e dos postos revendedores de combustíveis”.
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