Emoção e lágrimas misturados ao sentimento de saudades, marcaram o sepultamento na manhã desta sexta-feira (15), de Paulo Lourenço da Silva (Paulo do Bar), no Cemitério Pio XII, na Baixa Grande.
Foram inúmeras as manifestações de solidariedade de amigos que fizeram o uso da palavra para homenagear o amante da MPB, Paulo do Bar.
A filha, Délia Mara, muito emocionada agradeceu aos ensinamentos que recebeu do pai, afirmando que cada palavra que aprendeu com ele, serviu de base para a sua caminhada de vida.
O filho Paulo Celso, ressaltou o ser humano que foi Paulo do Bar, que não conhece ninguém que tenha mágoa.
"Falar desse homem, é preciso recorrer dos dicionários para encontrar palavras que possam adjetivar suas qualidades.
"Seus ensinamentos jamais serão esquecidos por nós da família, serão seguidos à risca para podermos dar continuidade ao seu trabalho ", disse ele.
Entre os amigos mais próximos e frequentador das noites festival do Bar do Paulo, onde com o seu inseparável violão com interpretação de Jaz, Blues, Pop, Rock entre outros gêneros, o músico Ginaldo Souza, de olhos fixos no caixão, apenas refletia aquele momento de dor, saudade e respeito ao amigo.
O jornalista e amigo, Roberto Gonçalves, também foi dar o seu último adeus aquele a quem chamava de Mestre da MPB.
Com uma salva de palmas, o caixão desceu a sepultura, sendo observado por amigos e familiares que não contiveram a emoção, deixando as lágrimas escorrerem pelo rosto.
Outro momento de muita emoção, aconteceu com a leitura de um poema lido pelo Professor e amigo de Paulo do Bar, Acioly, escrito pelo amigo e fã, o artista plástico Ismael Pereira.
UMA DOR EM DÓ MAIOR.
Ismael Pereira.
A esteira do tempo leva tudo embora, é o iter do implacável ciclo da vida, nos mostrando alumbrantemente que tudo que nasce fatalmente fenece, e que a vida é uma porta que se abre sem hora certa para fechar.
Perdemos um grande amigo, Arapiraca perdeu o cônsul das madrugadas fervilhantes que aconteciam no famoso point do mestre Paulo, o point preferido dos notívagos, que deletavam suas tristezas tecendo um bom papo com os amigos e afogavam suas mágoas num copo de cerveja bem geladinha, ocupando uma das disputadas mesas do sempre bem frequentado BAR DO PAULO.
Mas, fora do combinado, de repente o nosso querido amigo Paulo Lourenço se foi. Migrou para uma estrela bem distante... e a Lua, melancolicamente tornou tíbio o seu clarão. E as estrelas cairam em copiosos prantos envolvidas por um interminável manto de ébano, carpindo a profunda tristeza pela irreparável perda do maestro das madrugadas.
Roguemos ao Criador e Supremo Regente do Universo, que acolha solenemente a boníssima alma do saudoso pranteado Paulo Lourenço, no alcantil da Glória Eterna.
É imensurável a nossa dor pela irreparável perda do nosso eminente amigo Paulo Lourenço. UMA DOR EM DÓ MAIOR.
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